COMO É FAZER A TRAVESSIA DOS LENÇÓIS MARANHENSES? LEIA NOSSO RELATO COMPLETO!
Já imaginou passar 3 dias atravessando a pé os Lençóis Maranhenses e ter lagoas transparentes e dunas só pra você? Dormir e acordar no deserto, ver o céu mais estrelado da vida e ter acesso a lagoas exclusivas? Pois é exatamente assim que é a travessia dos Lençóis Maranhenses.
É claro que tudo isso tem um preço: 40 km andando na areia, durante 3 dias e levando na mochila tudo aquilo de que você vai precisar no trajeto. Nesse artigo, vamos fazer um relato completíssimo sobre a travessia dos Lençóis Maranhenses, com todas as informações que você precisa saber para planejar e organizar sua própria viagem. Além disso, vamos descrever como foi cada um dos três dias de travessia. Se você está pensando em fazer essa travessia, este artigo é pra você!
Esse trekking foi parte da nossa viagem pela Rota das Emoções, que inicia em Jericoacoara, no Ceará, e vai até os Lençóis Maranhenses. Dá uma olhada no que vivemos nesses dias:
Para pesquisar opções de hospedagem nos Lençóis Maranhenses, clique aqui.
POR QUE FAZER A TRAVESSIA DOS LENÇÓIS MARANHENSES?
Talvez seja mais sensato iniciar este texto respondendo à pergunta mais básica de todas: por que, afinal, você deve fazer esse trekking, se milhares de pessoas vão aos Lençóis todos os anos e, mesmo sem fazer a travessia, saem apaixonados?
A gente tem um artigo completíssimo aqui no blog que lista 7 razões pelas quais você deve fazer a travessia dos Lençóis Maranhenses. É praticamente impossível ler esse post e não querer começar o trekking amanhã mesmo 😁
Mas, se você não leu o artigo ainda, a gente resume pra você. Basicamente, a maior parte dos passeios nos Lençóis sai ou de Barreirinhas ou de Santo Amaro, que são municípios que ficam na fronteira com o Parque Nacional.
Então, a grande verdade é que, nos passeios tradicionais, você conhece apenas aquelas lagoas que estão na borda do parque. E já é incrivelmente lindo! Agora imagine quantas centenas (talvez milhares?) de lagoas se formam em uma área de 155 mil hectares…
E imagine percorrer 40 km dentro desse território, passando por incontáveis lagoas e – o melhor de tudo – tendo elas exclusivamente para você e o seu grupo. Este é um dos sonhos que a travessia te proporciona. Além disso, ao fazer o trekking, você tem a real noção do que o parque representa, com todo o seu ecossistema, com fauna, flora, oásis e muito mais!
Se quiser saber em detalhes porque nos apaixonamos pela travessia, vá para o artigo que lista as razões porque você deve fazer o trekking. Mas, se quiser saber informações práticas sobre a travessia (como roteiro, horários e etc), leia este artigo aqui até o final. 😊
É bom lembrar que fizemos a travessia com o pessoal da agência Paraíso do Caju e o nosso guia foi o Patrício. Recomendamos bastante o serviço deles! Portanto, todo o nosso relato aqui foi feito com base na nossa experiência. A maioria das agências faz parecido, mas não temos certeza se todas as agências da região agem exatamente da mesma maneira. É bom checar!
ONDE COMEÇA A TRAVESSIA DOS LENÇÓIS MARANHENSES?
Vamos começar por uma das perguntas que mais recebemos: onde começa e onde termina a travessia? Vamos lá! Tome cuidado para não confundir coisas diferentes: uma coisa é o local onde inicia a caminhada, o trekking, efetivamente; outra coisa, é onde começa o passeio da travessia, o tour contratado com a agência para fazer a travessia. Percebeu a diferença?
Em resumo, funciona assim: o tour começa em Barreirinhas. De lá, você pega um voadeira pelo Rio Preguiças e chega em Atins, que é onde você começa a caminhar, de fato. Você atravessa os lençóis a pé e chega em Santo Amaro, onde haverá um carro te esperando para te levar de volta até Barreirinhas.
Pois bem… então onde começa e onde termina o tour da travessia dos Lençóis Maranhenses? Em Barreirinhas. E a caminhada? Já a caminhada inicia em Atins e termina em Santo Amaro. Essa informação é suuuper importante para te ajudar a planejar a sua travessia.
Por quê? Porque, se como a gente, você estiver de carro, você o deixará em Barreirinhas. E é lá que você deixará também o resto da sua bagagem – aquela bagagem que não será carregada durante a travessia (lembre-se que você só poderá levar o essencial; mochila pesada significa trekking difícil…).
Então, programe-se para chegar em Barreirinhas até, no máximo, a véspera do início do passeio da travessia. E a que horas você chegará de volta em Barreirinhas, 3 dias depois? Provavelmente, se tudo correr bem, depois do almoço. Nós fizemos um sobrevoo pelos Lençóis às 16hs do dia em que chegamos e deu tempo. Deu até pra tomar um banho tranquilo no hotel antes de ir, rs…
ROTEIRO DA TRAVESSIA DOS LENÇÓIS MARANHENSES
Neste tópico, vamos te explicar em detalhes como é o roteiro da travessia dos Lençóis Maranhenses. A tabela abaixo é um super resumo pra você! Nela, você encontra fácil as seguintes informações: de onde você sai, para onde vai e qual a programação a seguir. Mel na chupeta!
DIA 1
Tudo pronto, mochila devidamente arrumada, coração a mil e aquela adrenalina boa na veia! Hora de partir. O tour inicia na cidade de Barreirinhas mesmo. Eles nos buscaram no hotel e embarcamos com destino ao porto de Atins.
Aqui vai uma dica: o passeio de voadeira pelo Rio Preguiça é um dos passeios mais procurados em Barreirinhas. Lembre-se que, se você vai fazer a travessia, não precisará contratar este passeio por fora, já que fará este mesmo trajeto no início da travessia.
Pois bem, o passeio (no nosso caso, privativo) faz uma parada nos Pequenos Lençóis Maranhenses e nos povoados de Vassouras e de Mandacaru. Os Pequenos Lençóis são lindos, mas é só um gostinho do que está por vir. 😊
O almoço, já incluído no preço da travessia, é servido na Praia de Caburé, que é linda de viver. À sua frente, o Rio Preguiças; nas suas costas, o mar. Há várias barracas na praia que servem almoço. Recomendamos um peixinho de almoço e uma cocada de sobremesa! Huuum.
De lá, a voadeira segue até o porto de Atins, onde desembarcamos. E aí é que está o pulo do gato. Preste bem atenção nessa parte! Ao chegar em Atins, você pega um transporte 4×4 que te deixa no ponto onde a caminhada inicia. Ocorre que o pessoal da empresa Paraíso do Caju, com quem fizemos o trekking, nos deu uma opção que achamos excelente.
Eles nos deram a possibilidade de ficar um ou dois dias em Atins. Perceba que o deslocamento até Atins já faz parte do passeio; então seria basicamente aproveitar pra conhecer Atins, já que você já estará lá. Passamos um dia em Atins e foi uma decisão muito acertada!
Atins é um vilarejo incrível! Entre os locais que são base para conhecer os Lençóis, Atins é o menos visitado e o mais rústico. Lembrando Jericoacoara ou Caraíva de antigamente, as ruas são de areia e suas propriedades são quase todas tomadas por gringos amantes do kitesurf.
Quando chegamos ao porto – que nada mais é do que um banco de areia sem absolutamente nada em volta, rs – o dono espanhol da nossa pousada veio nos buscar de quadriciclo para levar ao hotel. Foi amor à primeira vista. Olha só que legal foi nossa chegada. Deu pra ter uma ideia do como é Atins:
Em menos de um dia em que estivemos em Atins, aproveitamos a praia, o clima rústico e isolado, vimos plânctons luminescentes no mar à noite (que incrível!!!) e almoçamos o camarão do Antônio – que é simplesmente delicioso e vale toda a fama internacional que tem! (Não fizemos o passeio da revoada dos guarás porque já havíamos feito no Delta do Parnaíba, no Piauí, alguns dias antes.)
Então, o que a gente fez foi nada mais do que aproveitar o deslocamento para Atins (incluído no valor da travessia) para conhecer o vilarejo, que é muito apaixonante.
Obviamente, isso precisa ser muito bem combinado antes com a agência. No nosso caso, eles embarcaram a gente no porto de Barreirinhas e, no dia seguinte, perto das 14hs, já estávamos prontos para, finalmente, iniciarmos a caminhada da nossa travessia. Vamos combinar que, até agora, tava muito fácil essa travessia, né? Só praia, passeio e comida boa😅
Se você também for fazer isso, lembre-se que a mochila que você vai levar pra Atins é a mesma mochila da travessia. Portanto, precisará carregar durante o trekking tudo o que você levar pra Atins. Fique ligado nisso!
Pois bem, o transporte nos buscou em Atins e nos deixou já nas dunas, no ponto em que a caminhada se inicia. Eu, Carol, confesso que, quando descemos do carro para iniciar a caminhada, senti medo. Como era o início da caminhada e eu já estava assim, imaginei que fosse passar por isso durante os três dias. Mas a verdade é que foi o único momento em que experimentei medo na caminhada.
Imagine essa cena: o carro parou, no deserto – literalmente no meio do nada – e nós descemos. Não havia absolutamente ninguém além da gente e nada além de dunas e muito, muito vento. Nessa hora, pensei: “meu Deus, o que eu estou fazendo da minha vida?” 🤣 Veja quanto vento neste vídeo:
Respirei fundo e começamos a caminhada. Logo nas primeiras explicações, o Patrício, nosso guia, nos informou que, quanto mais perto do oceano, mais rápidamente as lagoas secam. Por essa razão, no início da caminhada, ali ao lado do mar em Atins, as dunas estavam tão secas. Disse-nos ainda que, conforme a gente fosse andando em direção ao coração dos Lençóis, a paisagem mudaria. Que alívio naquele momento hehe.
Após pouco tempo andando, já começamos a ver algumas lagoas, o vento foi diminuindo e o medo indo embora. Andamos por volta de 2hs e chegamos ao primeiro oásis, Baixa Grande. Nesse primeiro dia, andando no final da tarde, a caminha foi até tranquila. Estávamos esperando coisa pior!
Chegamos ao oásis, cumprimentamos os nativos, deixamos nossas mochilas e fomos assistir ao pôr do sol, só com a máquina fotográfica na mão. Imagine assistir ao cair do dia sozinhos, no meio das dunas, que benção e privilégio!
Na volta pro oásis, já tem cheirinho de feijão no fogo! Antes, tomamos um banho. O chuveiro é em um ambiente separado, ao ar livre. Tinha tapume em volta, de maneira que você podia tomar seu banho tranquilamente, com privacidade. Lá mesmo, você veste a roupa.
Por volta das 19hs, 20hs, eles nos convidaram pro jantar. Comida caseira, simples, gostosa! Normalmente, o prato é arroz, feijão, macarrão, salada de tomate e uma proteína. A depender da disponibilidade da família, costuma variar entre peixe, galinha caipira, bode, pato, etc. Eu, Carol, não como carne vermelha. Avisei antes à agência e, em todas as refeições da nossa travessia, tivemos peixe fresco ou frango. Maravilha!
Os nativos são muito tímidos, mas, na hora das refeições, temos a oportunidade de conversar com eles, trocar experiencias e aprender um pouco mais da cultura local. É um momento muito especial! Depois do jantar, sem energia elétrica, sem Wi-fi e cansados, é hora de dormir!
O guia Patrício até nos deu uma aula antes de como dormir em rede, rsrs. Sabemos que o pessoal do Nordeste está acostumado, mas, para nós, foi uma novidade. Até temos rede em casa e amamos ficar um tempo lá, mas passar uma noite é completamente diferente!
Ele nos explicou que, se você deitar “normalmente” na rede, você ficará no formato de uma banana (excelente explicação, aliás! 🤣). Então, o melhor a se fazer é tentar deitar na diagonal, esticando as pernas e tronco em sentido cruzado. Deu pra entender?
Durante a madrugada, sem conseguir dormir, eu até liguei a lanterna para ver se estava na posição correta. Pior que estava, rsrs. Dormi muito pouco à noite, mas Babinho dormiu igual criança. Faz parte!
DIA 2
Levantamos por volta das 04:30hs da manhã, para tomar o café às 05hs. O ideal é deixar tudo arrumado no dia anterior porque, lembre-se, não haverá luz. A lanterna de cabeça é, nesse momento, imprescindível.
Café, ovo, tapioca, manteiga, fruta. De bucho cheio, é hora de seguir viagem! Hoje são 13km na areia. Um dos momentos mais incríveis é assistir ao nascer do sol durante a caminhada. Diferentemente do dia anterior, no segundo dia de trekking vemos lagoas o tempo inteiro.
A paisagem já mudou. Nos sentimos exatamente ali, no meio dos Lençóis Maranhenses. Cada duna e cada lagoa mais incríveis que a outra. Além disso, você percebe que os lençóis são muitos mais que dunas e lagoas. Há um ecossistema todo completo nos lençóis maranhenses, que envolve oásis, fauna, flora, população nativa, foz de rio, muiiitos cajueiros e por aí vai…
No nosso artigo sobre as 7 razões para fazer a travessia, este é, inclusive, um dos tópicos. É, na nossa opinião, um dos pontos fortes da travessia. Quem imaginou encontrar tartarugas, bodes e porcos selvagens no meio do deserto?
Pois bem, é no segundo dia que você vê a Lagoa do Peadouro, que é incrivelmente linda! Não temos palavras pra descrevê-la. Nas fotos abaixo, você vê Babinho se aproximando dela naquela imensidão de areia.
Que perfeição! Com aquela lagoa gigantesca só pra você, talvez seja nessa hora que você para e pensa: “que bom que eu tomei a decisão de estar aqui!”. Lá que gravamos o vídeo abaixo:
Brincamos e curtimos muito na lagoa! Mergulhamos bastante, nadamos e fomos muito felizes ali! Patrício toda hora nos chamava pra ir embora, mas era muito difícil deixar aquele paraíso. Por fim, depois de muito tempo, fomos embora, na certeza de que aquele dia estava pra sempre gravado no nosso coração e na nossa memória.
Caminhamos mais alguns km e, perto das 11hs, chegamos à Queimada dos Britos, onde passaríamos o dia. Um fato curioso é que não sentimos calor nenhum enquanto estávamos andando nas dunas, por conta do vento forte. Mas, quando vamos entrando na vegetação dos oásis, fica quente pra caramba. Não dá nem meia hora de caminhada e já ficamos suados.
Então, chegamos ao oásis morrendo de calor, mas há um rio lá, que fica bem em frente à casa. Logo pulamos no rio, pra refrescar, e ficamos brincando com as crianças da família! Foi muito divertido.
Depois de caminhar tantas horas e se refrescar no rio, tá na hora de quê? De comer, é claro! Kkkk. Almoço fresquinho esperando a gente, no mesmo estilo do anterior. Arroz, feijão, macarrão, salada de tomate e proteína.
O resto do dia a gente aproveita no oásis mesmo – é uma excelente maneira de descansar e de fugir do sol forte do meio-dia. Acredito que todo mundo faça mais ou menos o que a gente fez: tira um cochilo na rede e, mais pro final da tarde, vai aproveitar as lagoas perto do oásis.
Há uma lagoa grande próxima do oásis, muito bonita! Lá brincamos, curtimos, comemos caju no pé e assistimos a mais um pôr do sol inesquecível. Você se sente tão pequeno naquela imensidão que dá a impressão que só você, no mundo inteiro, esteve naquele lugar!
O sol se põe, e é hora de tomar banho e esperar pra jantar. Neste oásis, o chuveiro fica dentro de um banheirinho simples que só os turistas usam – os nativos tomam banho no rio mesmo. Jantar, conversa à mesa e é hora de descansar pro dia seguinte. Confesso que, na segunda noite, dormi melhor na rede. Estava mais cansada e com tanto sono, que aquela rede pareceu uma cama king size 🤣
DIA 3
O terceiro dia é, sem dúvida, o mais difícil. Sâo 20 km a serem percorridos. Por outro lado, rende momentos inesquecíveis. Você acorda às 02:00hs da manhã. Isso mesmo, 02hs da madrugada kkkk. Toma o café às 02:30hs para sair às 03hs.
Com as lanternas de cabeça ligadas, a gente demorou mais ou menos 30 min pra sair da vegetação do oásis. Depois, só há dunas e lagoas à frente, e o guia pede que desliguemos as lanternas para ele se guiar pelo céu e pelo horizonte.
Confessamos que, nessa hora, dá uma insegurança. Fomos em uma noite sem lua e, para nossa surpresa, assim que desligamos todas as luzes das lanternas, as estrelas iluminaram tudo à nossa frente. Andamos tranquilamente, com a sombra das dunas no horizonte e o céu mais lindo que já testemunhamos.
Eu fiquei tão vidrada no céu, que só olhava para cima o tempo todo. O guia, percebendo um acidente iminente (😅), adiantou a primeira parada do dia, cujo objetivo era mesmo deitar nas dunas ainda escuras e apenas observar o céu. E foi ali, deitados nas dunas sob aquele céu paralisante, que percebemos que, mesmo sem enxergar lagoas transparentes nos lençóis maranhenses, aquele momento estava eternizado para sempre.
O céu era tão apaixonante que o Patrício nos mostrava planetas e constelações a olho nu. “Ali, está Vênus; aquela bola vermelha ali, é justamente o planeta vermelho, Marte” e assim por diante. Até a Via Láctea vimos facilmente, a olho nu… Sem sombra de dúvidas, foi um dos pontos altos da travessia, da viagem e, claro, da vida 😍
Depois de observar esse céu extraordinário, é hora de testemunhar um amanhecer igualmente fantástico. Essa travessia dos Lençóis Maranhenses é tiro atrás de tiro 😅. Como, neste último dia, iniciamos a caminhada ainda no breu, é possível ver a mudança de cores no horizonte quando o dia está nascendo. É uma sensação de paz indescritível e só nos resta agradecer a Deus por estar vivendo esses momentos.
Pois bem, a luz chega e é possível visualizar as incontáveis lagoas ao longo da travessia, uma mais linda que a outra. Normalmente, gasta-se entre 6 a 9hs para percorrer os 20 km do último dia.
O último dia nos reserva uma lagoa fantástica, que você vê nas fotos abaixo, já perto do final da caminhada. Confessamos que, depois dessa lagoa, veio a parte que foi mais difícil pra gente. Isso porque você sabe que está perto do fim, mas que não há mais nenhuma grande lagoa à frente e, nessa altura do campeonato, a caminhada já está penosa.
Pra mim, Carol, a maior dificuldade foi o peso da mochila ao final da travessia. Eu colocava nas costas, na frente, mudava a posição, o ângulo… e não adiantava muito, rs. Pro Babinho, o maior desafio foi a dor na panturrilha, que começou a doer com a sobrecarga de tantos dias andando na areia.
Chegamos, enfim, ao povoado de Betânia, em Santo Amaro. Lá, já há outras pessoas, energia elétrica e é até possível tomar uma bebida gelada e um sorvetinho hehe. Almoçamos epegamos um carro 4×4 que nos esperando para nos deixar de volta em Barreirinhas.
Nesse trajeto, fomos dormindo, é claro, rs. O transporte nos deixou na porta no hotel. Pegamos as malas e tomamos um banho para fazer o sobrevoo dos Lençóis (este é outro passeio, que nada tem a ver com o treeking).
O QUE LEVAR NA MOCHILA PARA A TRAVESSIA DOS LENÇÓIS MARANHENSES?
Essa é uma dúvida muito recorrente de quem vai fazer a travessia. Quanto de água é preciso levar? É preciso levar comida? Lanches? Com que calçado devo fazer a travessia? Quais itens são essências?
Para responder a todas essas perguntas, escrevemos o artigo “O que levar na mochila para a travessia dos Lençóis Maranhenses?”, que está completíssimo. Falamos quais são os itens essenciais, aqueles que você deve evitar levar e listamos tudo que levamos na nossa mochila.
O ideal é, segundo os guias, uma mochila de, no máximo, 4 kg. No nosso artigo, você vai encontrar todas as informações de que precisa para fazer uma mochila bem leve, útil e otimizada. Um spoiler: essa mochila laranja maravilhosa que você viu nas fotos era do guia Patrício, rs. No dia a dia na travessia, era assim que a gente estava:
NOSSAS MÉTRICAS
Claro que não poderia faltar as nossas métricas sobre a travessia dos lençóis maranhenses, né? Já citamos nos outros artigos sobre esse trekking, mas aí estão:
Nível de dificuldade 4 de 5: como falamos acima, é puxado! São 40 km em 3 dias, andando na areia, carregando na mochila tudo aquilo de que você vai precisar durante esses dias, dormindo na casa de nativos em redes e com pouquíssima estrutura. Nível de aventura máximo (5 de 5), porque esse passeio é do caramba! Profundo, inesquecível, desafiador e muito divertido! Tem um pessoal que se apaixona que volta todo ano, acredita?!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nós fizemos a travessia dos Lençóis Maranhenses como parte final da viagem da Rota das Emoções, que inicia em Jericoacoara. De lá, alugamos um carro na Rentcars.com e seguimos viagem até Barreirinhas, parando no Delta do Parnaíba, em Camocim e vários outros lugares. Sugerimos que você faça o mesmo. Inclusive, ao contrário do que muita gente pensa, é possível fazer este trajeto em um carro simples 1.0, sem tração. Para opções de hospedagem nos Lençóis Maranhenses, acesse aqui.
É claro que, em uma viagem tão extrema em local inóspito, o ideal é que você faça um seguro viagem. O pessoal da empresa Paraíso do Caju é super preparado e conhece a comunidade local como ninguém, mas é sempre melhor prevenir, né? Recomendamos sempre os seguros de viagem da SegurosPromo. Você consegue comparar várias operadoras de seguro e ganha 5% de desconto com nosso cupom NOSSOMUNDO5 ! Clique aqui e confira!
Caso o seu voo para essa ou qualquer outra viagem tenha sido alterado ou dado overbooking, sugerimos uma leitura no nosso artigo que explica como ganhamos mais de R$ 14.000,00 em indenizações de companhias aéreas, sem entrar na justiça, apenas por procedimentos administrativos. Mas, se você preferir ajuda para requerer seus direitos, indicamos a Voe Tranquilo, que cuida de tudo pra você e só cobra pelo serviço se você receber o valor a que tem direito.
Se você tiver qualquer dúvida sobre a travessia dos lençóis maranhenses ou sobre os passeios do parque, pode falar com a gente por aqui ou pelo nosso instagram.
Se você quiser explorar outros parques nacionais no Brasil, recomendamos duas experiências bastante diferentes entre si: o Parque Nacional de Fernando de Noronha, que possui um dos melhores mergulhos do mundo. Contamos tudo neste post aqui! Ou, se quiser aliar aventuras inusitadas a conforto, recomendamos um trailer instalado em um mirante na Chapada dos Veadeiros.
Ah, e se quiser uma trilha diferente, dá uma olhada aqui na nossa experiência na Cachoeira da Cortina, nas Serras Gerais (Tocantins)!
Qualquer outra dúvida, pode escrever pra gente aqui no nosso instagram. Esperamos que tenha gostado do nosso relato sobre a travessia dos Lençóis Maranhenses 😊
Até a próxima aventura,
Carol e Babinho